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- General Motors suspende importante fábrica de células de hidrogéniopor Pedro Reis em 15 de Maio, 2025 a 19:10
Num momento delicado para o setor do hidrogénio, a General Motors (GM) decidiu suspender um projeto avaliado em 55 milhões de dólares que previa a produção de pilhas a combustível numa nova fábrica em Detroit, nos EUA. Travão numa aposta estratégica da General Motors no hidrogénio O projeto, anunciado com entusiasmo em setembro de 2024, pretendia transformar um edifício de 27 mil m² numa unidade de produção de pilhas de hidrogénio, em parceria com a empresa Piston Automotive. Estava previsto criar 144 postos de trabalho logo na primeira fase, com a possibilidade de chegar a 300 funcionários nos anos seguintes. Este investimento seria o primeiro da GM numa fábrica autónoma focada exclusivamente em tecnologia de hidrogénio, complementando a sua produção conjunta com a Honda na unidade de Brownstown, no Michigan. “A decisão não representa o cancelamento definitivo do projeto, mas sim uma pausa estratégica até que exista maior clareza sobre o futuro do setor,” revelou um porta-voz da General Motors. Instabilidade política afeta confiança no mercado de energias alternativas A pausa surge num contexto de incerteza política nos EUA, com o regresso de Donald Trump a ensombrar o futuro dos apoios às energias limpas. Esta instabilidade está a gerar receios quanto à continuidade dos incentivos para tecnologias como o hidrogénio verde, colocando em risco novos investimentos. Outros players do setor também estão a sentir a pressão. A falência da Nikola Motors, uma das startups promissoras do hidrogénio, já causou dificuldades à Bosch, parceira tecnológica da marca. O que está em causa para o futuro do hidrogénio? O setor das energias limpas está em transição, e o hidrogénio verde tem sido apontado como um dos vetores estratégicos para a descarbonização da indústria pesada e dos transportes. No entanto, sem estabilidade regulatória e apoio público consistente, projetos inovadores como o da GM enfrentam obstáculos à sua viabilidade. Mais sobre o impacto do hidrogénio na mobilidade: Hydrogen Council – Hydrogen Insights Contexto global e impacto económico A decisão da GM surge numa altura em que várias economias estão a acelerar os investimentos em soluções de hidrogénio. No entanto, sem garantias de retorno estável, até os gigantes do setor optam por adiar apostas significativas. Com esta suspensão, Detroit perde, para já, uma oportunidade de reforçar o seu papel na transição energética, ao mesmo tempo que se adia a criação de centenas de empregos qualificados numa área de elevado potencial. https://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-hidrogenio-147348/
- Renováveis abastecem em abril mais de 83% da eletricidade em Portugalpor Pedro Reis em 14 de Maio, 2025 a 15:58
Portugal entre os líderes europeus na produção de eletricidade renovável Durante o mês de abril, Portugal registou 83,3% de eletricidade proveniente de fontes renováveis, com destaque para a hídrica (41,1%) e a eólica (27,3%). Estes dados foram revelados no mais recente Boletim de Eletricidade Renovável da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis. O impacto vai além da sustentabilidade ambiental. Evitaram-se cerca de 4 milhões de toneladas de CO₂ equivalente desde o início do ano, enquanto o setor eletroprodutor emitiu apenas 0,74 MtCO₂eq. Poupança energética e redução de importações De janeiro a abril de 2025, a incorporação das energias renováveis evitou 878 milhões de euros em importações de energia, divididos igualmente entre gás natural e eletricidade. Este contributo sublinha o papel das renováveis como eixo estratégico para reduzir a dependência externa e fortalecer a economia nacional. Preços no mercado ibérico e fornecimento contínuo Entre 1 de janeiro e 30 de abril, o preço médio horário da eletricidade no MIBEL foi de 70,3 €/MWh, com mínimos negativos de -5 €/MWh e picos até 197,3 €/MWh. Ainda assim, registaram-se 997 horas em que a produção renovável supriu totalmente o consumo elétrico nacional. Segundo Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN, “as renováveis não são apenas um pilar ambiental, mas também económico, trazendo poupança aos consumidores e reduzindo a fatura de emissões de CO₂”. Portugal no top 3 da Europa em energia verde Portugal continua no pódio europeu no que toca à geração elétrica verde. Com 82,2% de incorporação renovável acumulada até abril, o país é superado apenas pela Noruega (97,2%) e Dinamarca (83,3%). Caminho para uma transição energética mais rápida A APREN reforça que, para aproveitar todo o potencial económico e ambiental da eletricidade limpa, é essencial acelerar o investimento em redes elétricas, armazenamento e soluções de flexibilidade.
- Energia sem complicações com o novo painel solar flexível da HT-SAAEpor Pedro Reis em 14 de Maio, 2025 a 9:16
Apresentado na Intersolar Europe 2025, o painel solar flexível da HT-SAAE combina leveza, eficiência e instalação simples, mesmo em telhados difíceis Um dos destaques mais surpreendentes da feira Intersolar Europe 2025 foi a apresentação do painel solar fotovoltaico flexível da HT-SAAE, uma solução que promete tornar a energia solar mais acessível, especialmente para quem tem telhados curvos, frágeis ou com limitações estruturais. Este novo modelo, da série Jupiter Flex, traz um formato leve, sem vidro e sem moldura, que pode ser aplicado diretamente na superfície do telhado sem a necessidade de furos — algo que reduz custos e evita problemas com infiltrações. Painel solar flexível: Eficiência solar com apenas 6 quilosTelhados irregulares deixam de ser um problemaInstalação rápida, segura e sem furosTendência global: módulos solares flexíveis ganham terreno Painel solar flexível: Eficiência solar com apenas 6 quilos Apesar da leveza — apenas 6,3 kg, cerca de 70% menos que os painéis tradicionais —, este módulo entrega até 460 W de potência e uma eficiência de 21,1%, segundo dados fornecidos pela própria HT-SAAE durante o evento. O desempenho é sustentado pela tecnologia de células TOPCon de meio corte (M10), que mantêm uma boa produção de energia mesmo com pouca luz, como em dias nublados ou ao amanhecer. Além disso, o painel opera com 1.500 V de tensão de sistema, 41,63 V de tensão em circuito aberto e 14,04 A de corrente de curto-circuito, o que o torna adequado para sistemas residenciais em várias zonas da Europa. Telhados irregulares deixam de ser um problema O grande trunfo deste painel está na sua flexibilidade estrutural. Fabricado sem vidro e sem moldura, pode dobrar-se e adaptar-se ao formato do telhado, mesmo que este seja curvo, inclinado ou assimétrico. Com medidas de 1.927 × 1.131 × 3 mm, o painel é capaz de se integrar com discrição em diferentes tipos de cobertura, sem necessidade de estruturas pesadas ou modificações na arquitetura existente. Instalação rápida, segura e sem furos Ao contrário dos sistemas tradicionais, este módulo é instalado sem perfurações, o que evita danos ao telhado e reduz significativamente o tempo de montagem. Isso é especialmente relevante para edifícios históricos, coberturas metálicas leves ou habitações com restrições estruturais. Com este modelo, a HT-SAAE pretende facilitar o acesso à energia solar para quem antes enfrentava limitações técnicas. E para garantir durabilidade, a empresa oferece 12 anos de garantia do produto e 25 anos de garantia de desempenho energético. Painel Solar Flexível HT-SAAE - Garantia de Produção Tendência global: módulos solares flexíveis ganham terreno A busca por soluções solares mais adaptáveis está a crescer. De acordo com um relatório do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA (NREL), os painéis flexíveis reduzem o tempo de instalação em até 40% e diminuem custos associados à estrutura e mão de obra [fonte: NREL]. A Agência Internacional de Energia (IEA-PVPS) também destaca que a flexibilidade e a leveza serão fatores decisivos na expansão da energia solar até 2030, especialmente em mercados urbanos com espaço limitado [fonte: IEA-PVPS]. Leitura recomendada: Painel solar fotovoltaico invisível garante eficiência a telhados metálicos Este lançamento da HT-SAAE reforça uma tendência clara: o futuro da energia solar passa por soluções mais leves, práticas e integradas com a arquitetura existente. Para quem quer produzir a própria energia sem grandes obras nem riscos para o telhado, este tipo de painel representa uma alternativa viável e inteligente. https://www.portal-energia.com/os-melhores-paineis-solares-fotovoltaicos/
- EcoFlow STREAM Ultra: Autoconsumo solar para apartamentospor Pedro Reis em 12 de Maio, 2025 a 20:21
A EcoFlow acaba de apresentar ao mercado o STREAM Ultra, um sistema solar residencial plug-and-play que promete revolucionar a forma como se consome energia solar em apartamentos, casas arrendadas e pequenos espaços exteriores. Com um design modular e fácil de instalar, esta solução representa um salto em acessibilidade para quem até agora estava excluído das instalações solares tradicionais. Energia solar residencial sem instalações complexasModularidade e eficiência inteligenteCaraterísticas dos painéis solares STREAM ULTRAModos de funcionamento:Gestão energética com assistência por IADesign compacto e durabilidadeEconomia real e autonomiaPreço e disponibilidadePrincipais vantagens do sistema da ECOFLOWVídeo de apresentação do Ecoflow Stream Ultra Energia solar residencial sem instalações complexas Ao contrário dos sistemas fotovoltaicos convencionais, que exigem obras, aprovações legais e instalação profissional, o STREAM Ultra liga-se diretamente a uma tomada de 120V e pode começar a operar em minutos. É um sistema que combina uma bateria LFP de 1,92 kWh com um microinversor integrado, oferecendo até 1 200W de potência AC diretamente para consumo e armazenamento do excedente. Ideal para arrendatários e moradores de condomínios sem acesso a telhados, o sistema dispensa autorizações complicadas e permite acesso rápido à energia solar. Modularidade e eficiência inteligente Painéis Solares Plug-and-Play Ecoflow O STREAM Ultra é expansível: é possível empilhar baterias até um total de 11,52 kWh, com operação em paralelo e sincronização automática entre módulos. Suporta uma entrada solar de até 3 200W, com tecnologia de 4 MPPTs que maximiza a produção mesmo em condições variáveis. Caraterísticas dos painéis solares STREAM ULTRA Modos de funcionamento: STREAM Ultra isolado: até 2 000W de entrada solar, 1 200W para consumo e restante para armazenamento. Microinversor isolado: até 1 200W de entrada e consumo direto, sem armazenamento. Sistema combinado: até 3 200W com híbrido de armazenamento e consumo simultâneo. Gestão energética com assistência por IA O sistema integra a plataforma EcoFlow OASIS, que utiliza inteligência artificial para otimizar o consumo e prolongar a vida útil da bateria. As funcionalidades incluem: Monitorização em tempo real Otimização por horários de tarifa Diagnóstico da saúde da bateria Preparação para falhas de energia Assistente virtual 24/7 em vários idiomas “Queremos tornar a energia solar acessível mesmo a quem não tem telhado próprio”, afirma Brian Essenmacher, da EcoFlow. Design compacto e durabilidade Com certificação NEMA 4, o STREAM Ultra pode ser usado no exterior, operando de forma segura em temperaturas entre -20 °C e 45 °C. O design é discreto, sem aspeto industrial, adaptando-se bem a varandas, pátios ou pequenos quintais. Economia real e autonomia Segundo a EcoFlow, uma configuração com um STREAM Ultra e um microinversor pode gerar mais de 6 000 kWh por ano, equivalente a cerca de 50% do consumo médio de um lar nos EUA, resultando numa poupança estimada de 1 027 USD por ano. O sistema paga-se em poucos anos e pode crescer à medida das necessidades do utilizador. Preço e disponibilidade Com lançamento inicial em Utah (EUA), o sistema chegará em breve a outros mercados. Os preços promocionais até 31 de julho são: STREAM Ultra: $1 199 (preço normal $1 899) Microinversor: $299 (preço normal $599) Pack STREAM + Microinversor: $1 459 (preço normal $2 399) Principais vantagens do sistema da ECOFLOW 1. Instalação sem complicações: Dispensa obras, licenças ou instalação profissional. Basta ligar à tomada e o sistema começa a funcionar — perfeito para quem vive em apartamentos ou casas arrendadas. 2. Ideal para quem não tem telhado próprio: Ao ser uma solução portátil e de fácil colocação em varandas ou pátios, o STREAM Ultra democratiza o acesso à energia solar para residentes em condomínios ou edifícios partilhados. 3. Modular e expansível: Começa com uma bateria de 1,92 kWh e pode crescer até 11,52 kWh com módulos adicionais. As unidades funcionam em paralelo, mesmo que estejam em locais diferentes da casa. 4. Alta eficiência de carregamento solar: Com entrada até 3 200W e tecnologia de 4 MPPTs, o sistema aproveita melhor a radiação solar, mesmo em condições menos favoráveis. 5. Integração com inteligência artificial: A plataforma EcoFlow OASIS gere o consumo e otimiza a energia com base em horários de tarifa, estado da bateria e até previsões de falha na rede elétrica. 6. Design compacto e resistente: Com certificação NEMA 4, o STREAM Ultra é resistente à chuva e ao pó, funcionando em temperaturas de -20 ºC a 45 ºC. Ideal para uso interior e exterior. 7. Poupança energética significativa: A combinação com o microinversor permite produzir até 6 000 kWh por ano — o que pode significar até $1 027 de poupança anual em contas de luz nos EUA. 8. Custo competitivo e ROI rápido: Com preços promocionais de lançamento e retorno do investimento em poucos anos, o STREAM Ultra oferece uma entrada acessível no mundo do autoconsumo energético. Vídeo de apresentação do Ecoflow Stream Ultra https://www.youtube.com/watch?v=jnYyLgTsQqg https://www.portal-energia.com/dah-solar-lanca-kit-autoconsumo-solarunit-varandas-telhados/
- Energia Solar na UE em risco: Especialistas exigem cibersegurançapor Pedro Reis em 29 de Abril, 2025 a 19:43
Relatório europeu pede medidas urgentes para proteger sistemas fotovoltaicos residenciais e comerciais contra ataques digitais A energia solar está a transformar o panorama energético europeu. Mas essa transformação, impulsionada pela digitalização e descentralização, está a expor milhares de sistemas solares a novos perigos. A ausência de normas específicas de cibersegurança para os chamados produtores distribuídos — como os painéis solares instalados em telhados — é hoje um dos maiores pontos fracos da rede elétrica da União Europeia. Energia solar na Europa em risco: especialistas exigem regras de cibersegurança à medida Essa é a principal mensagem de um relatório elaborado pela DNV e encomendado pela associação SolarPower Europe, que defende ações políticas imediatas para proteger os equipamentos ligados à rede elétrica, sobretudo aqueles fora do controlo direto das grandes operadoras. “Estamos a entrar numa nova era da energia, onde a proteção digital é tão essencial quanto a produção física”, alerta Walburga Hemetsberger, CEO da SolarPower Europe. Sistemas de energia solar vulneráveis, mesmo em casas e empresasProteger a energia é proteger as pessoasUm investimento que vale a pena Sistemas de energia solar vulneráveis, mesmo em casas e empresas Ao contrário das grandes centrais de produção, que já seguem regras rígidas, os sistemas fotovoltaicos de pequena escala — geridos por famílias, PME e instaladores — são vistos como equipamentos eletrónicos comuns. Muitos funcionam como dispositivos inteligentes ligados à Internet, mas sem proteção adequada. Este cenário torna-os alvos fáceis para ataques maliciosos, que podem ter consequências reais na estabilidade da rede elétrica. O relatório identifica 14 áreas críticas de risco cibernético. Destas, 3 são classificadas como risco crítico, 6 como alto risco e as restantes como risco médio. Os investigadores sublinham que um ataque bem-sucedido a 3 GW de capacidade solar descentralizada pode ter um impacto profundo em toda a rede europeia. Proteger a energia é proteger as pessoas A necessidade de intervenção política torna-se ainda mais urgente após o apagão que afetou Portugal e Espanha a 28 de abril de 2025. Embora a causa esteja ainda a ser investigada — fala-se num fenómeno atmosférico raro —, especialistas alertam que eventos semelhantes podem resultar de ações coordenadas de cibercrime ou ciberataques patrocinados por estados. Atualmente, leis como a diretiva NIS2 e o novo Cyber Resilience Act abrangem algumas áreas da infraestrutura energética digital. No entanto, segundo o relatório, estas regras são insuficientes para lidar com a realidade fragmentada e descentralizada dos sistemas solares domésticos e comerciais. A DNV recomenda que a União Europeia restrinja o controlo remoto de inversores solares a operadores dentro do próprio bloco, evitando acessos externos que possam comprometer a segurança. Um investimento que vale a pena A digitalização promete ganhos significativos em eficiência energética. Estima-se que as poupanças para o sistema europeu possam atingir os 160 mil milhões de euros por ano, se forem aproveitadas de forma segura. Mas para que isso aconteça, é preciso antecipar os riscos e reforçar a proteção dos sistemas energéticos locais. https://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-paineis-solares-fotovoltaicos/ A SolarPower Europe pede, por isso, a implementação de uma política de cibersegurança feita à medida da nova realidade energética: milhares de produtores, em centenas de milhares de pontos, ligados a uma rede que precisa de ser resiliente, segura e confiável. A organização já tinha publicado um documento de posição em julho de 2024, alertando para estas lacunas e defendendo a criação de um padrão europeu específico para equipamentos solares.
- Estudo confirma que baterias domésticas para painéis solares são seguraspor Fernando Jesus em 29 de Abril, 2025 a 17:19
A instalação de baterias domésticas para sistemas de painéis solares está a crescer rapidamente, impulsionada pela procura por soluções energéticas mais sustentáveis. Mas muitos consumidores ainda se questionam: será seguro ter baterias em casa? Em fevereiro publicámos uma notícia de uma explosão residencial alegadamente provocada por um sistema de baterias que armazenavam energia proveniente de painéis solares. Um novo estudo conduzido na Alemanha traz boas notícias: o risco de incêndio nas baterias domésticas é extremamente baixo — comparável ao de eletrodomésticos comuns como as máquinas de secar roupa. Estudo revela que baterias domésticas são muito segurasArmazenamento de energia: riscos raros, mas consequências a considerarRegiões com maior número de ocorrênciasComo reduzir ainda mais os riscos Estudo revela que baterias domésticas são muito seguras A análise, realizada por investigadores da Universidade Técnica de Munique, concluiu que a hipótese de incêndio numa bateria residencial é 50 vezes inferior à de um incêndio numa casa comum. Quando comparado com veículos movidos a gasolina ou gasóleo, o risco é 18 vezes menor. Segundo o estudo, a probabilidade anual de um incêndio numa bateria doméstica é de apenas 0,005%. Em contraste, a possibilidade de incêndio numa máquina de secar roupa ronda os 0,0037%. A investigação recorreu a ferramentas como Talkwalker e YouScan para recolher informações de fontes públicas, como relatórios de bombeiros e notícias locais. Devido à ausência de dados oficiais centralizados na Alemanha, cada caso foi cuidadosamente verificado para garantir a sua autenticidade. Armazenamento de energia: riscos raros, mas consequências a considerar Embora o número de incidentes seja extremamente reduzido — seis casos em 2022 e 32 em 2023 —, os especialistas alertam que as consequências de um incêndio numa bateria podem ser mais severas do que as de eletrodomésticos tradicionais. Markus Huber, professor da Universidade Técnica de Munique, explica: “As baterias armazenam energia elétrica que, em caso de falha, pode desencadear incêndios de alta temperatura e libertação de gases perigosos.” Este fenómeno, conhecido como fuga térmica, exige cuidados especiais na instalação e manutenção dos sistemas de armazenamento. A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) em Portugal reforça a importância de seguir todas as normas técnicas na instalação de baterias solares, de forma a garantir total segurança para os utilizadores (fonte). Regiões com maior número de ocorrências O estudo indicou que a maioria dos incêndios em baterias domésticas registou-se na Baviera e na Renânia do Norte-Vestfália — zonas com alta concentração de sistemas solares fotovoltaicos instalados. Até ao final de 2023, a Alemanha contabilizava cerca de 820.000 sistemas de armazenamento residencial, número que reflete o crescente investimento em energias renováveis, como destaca também a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Como reduzir ainda mais os riscos Para quem pensa instalar baterias solares em casa, a segurança começa na escolha dos equipamentos e dos instaladores. Optar por baterias certificadas, garantir uma instalação feita por profissionais qualificados e realizar manutenções regulares são práticas essenciais. Além disso, recomenda-se instalar os sistemas em locais bem ventilados, longe de fontes de calor excessivo, e seguir sempre as instruções específicas do fabricante. Adotar estas medidas ajuda a manter os benefícios das energias renováveis, minimizando qualquer risco associado. https://www.portal-energia.com/explosao-destroi-casa-paineis-solares-bateria-alemanha/
- Espanhóis desenvolvem painéis solares híbridos fotovoltaicos e termosolarespor Pedro Reis em 17 de Abril, 2025 a 20:52
E se fosse possível produzir eletricidade e aquecer água em simultâneo com o mesmo painel solar? Essa tecnologia já existe — e está mais próxima do que nunca de chegar ao mercado global. Efetivamente graças a um projeto inovador liderado pela empresa tecnológica Ghenova, surgem agora painéis híbridos que combinam a tecnologia fotovoltaica e termosolar, aumentando a eficiência energética do sistema solar. Painéis solares híbridos: Mais energia e mais eficiênciaApoio europeu e inovação com impacto realDa investigação ao mercado: o nascimento da BlueSolarInnterconecta STEP: mais inovação e cooperação Painéis solares híbridos: Mais energia e mais eficiência Ao contrário dos sistemas solares fotovoltaicos tradicionais, que só produzem eletricidade, os painéis híbridos aproveitam também o calor do sol. Na prática, isso permite produzir energia elétrica e térmica ao mesmo tempo. Ou seja: o mesmo espaço ocupado por painéis passa a produzir outra fonte energética. Esta solução é especialmente vantajosa para edifícios que consomem grandes volumes de energia e água quente — como hotéis, hospitais, indústrias ou centros desportivos. Com este tipo de tecnologia, é possível reduzir a dependência da rede elétrica, cortar custos mensais e acelerar o retorno do investimento. A tendência dos sistemas híbridos não é de todo uam novidade, mas a sua evolução tem sido acelerada por projetos de investigação como o SPIRE (Solar Power Integrated Generation System), liderado pela Ghenova Ingeniería, em parceria com a MC2 Ingeniería y Sistemas e a ATA Renewables. Apoio europeu e inovação com impacto real Este avanço tecnológico só foi possível com o apoio financeiro do programa FEDER Innterconecta, agora relançado como Innterconecta STEP, uma iniciativa do Centro para el Desarrollo Tecnológico y la Innovación (CDTI). O projeto recebeu perto de 950 mil euros, num orçamento total de 1,8 milhões de euros, com o apoio técnico da Corporación Tecnológica de Andalucía (CTA). Francisco Cuervas, CEO da Ghenova, destacou o papel da CTA no sucesso do projeto: “Foi fundamental para estruturar e dimensionar o projeto, tanto do ponto de vista técnico como em termos de consórcio.” O projeto SPIRE não se limitou à criação de protótipos. Incluiu também o desenvolvimento de modelos de eficiência energética e o design de seguidores solares específicos para esta nova geração de painéis. O resultado foi tão promissor que já deu origem a duas patentes e está a ser aplicado em instalações-piloto. Da investigação ao mercado: o nascimento da BlueSolar O impacto do SPIRE foi tal que levou à criação de uma nova empresa: BlueSolar, fruto de uma parceria entre a Ghenova e a Capsun. A missão? Levar esta tecnologia solar híbrida até à fase pré-comercial. Foi com esse objetivo que nasceu o projeto Mohfar, também financiado pelo CDTI e pela CTA, com o objetivo de aproximar esta inovação do mercado e aumentar o seu nível de maturidade tecnológica (TRL). Para especialistas como os da IEA-PVPS (International Energy Agency - Photovoltaic Power Systems Programme), soluções solares híbridas como esta representam um passo natural para a evolução da energia solar: mais versáteis, mais rentáveis e mais adaptadas às necessidades reais de consumo. Innterconecta STEP: mais inovação e cooperação O novo Innterconecta STEP, com candidaturas abertas até 19 de maio, é uma versão atualizada do programa que financiou o SPIRE. O foco está em projetos de investigação e desenvolvimento (I+D) em cooperação entre empresas, especialmente em regiões menos desenvolvidas. Com um orçamento total de 90 milhões de euros, dos quais 68 milhões destinados à Andaluzia, o programa visa promover tecnologias estratégicas para a Europa — como energias limpas, neste caso destaca-se o apoio na energia solar, soluções digitais e biotecnologias. Empresas interessadas podem contar com o apoio da CTA para encontrar parceiros adequados e formar consórcios elegíveis. Mais informações estão disponíveis no site oficial do CDTI e na página da CTA. https://www.portal-energia.com/como-funcionam-paineis-solares-hibridos/
- Bomba de Calor: Qual o consumo real de energia?por Pedro Reis em 15 de Abril, 2025 a 20:13
Descubra qual o consumo real de eletricidade da bomba de calor e como pode poupar na fatura energética com instalação e uso eficientes. A bomba de calor é eficiente, mas será económica?Como funciona uma bomba de calor?O que pode aumentar o consumo da bomba de calor?Consumo estimado por tipo de bomba de calorA bomba de calor vale a pena?Como combinar bomba de calor com painéis solares?Perguntas frequentes (FAQ)1. Uma bomba de calor consome muita eletricidade?2. O que é o COP e porque é tão importante?3. Qual a bomba de calor que consome menos?4. A localização geográfica influencia o consumo?5. Que erros aumentam o consumo da bomba de calor?6. Quanto custa manter uma bomba de calor? A bomba de calor é eficiente, mas será económica? A bomba de calor tornou-se uma das soluções mais populares para aquecimento doméstico. É apresentada como ecológica, moderna e apoiada por programas de incentivo estatais. Mas será que o consumo elétrico é assim tão baixo como anunciam? A resposta depende de vários fatores, incluindo o tipo de bomba, o isolamento da habitação e os hábitos de consumo. Como funciona uma bomba de calor? À semelhança de um frigorífico, mas ao contrário, a bomba de calor capta calor do ar, da água ou do solo para aquecer o interior da casa. O processo exige energia elétrica para acionar o compressor — e é aqui que entra a principal questão sobre o consumo. De acordo com a Agência para a Energia (ADENE), uma bomba de calor aerotérmica (ar-ar ou ar-água) consome cerca de 51 kWh/m²/ano, enquanto uma solução geotérmica desce para os 35 kWh/m²/ano. Para uma habitação de 100 m², isso traduz-se num consumo entre 3 500 kWh e 5 100 kWh anuais, com um custo médio entre 560 € e 816 € (a 0,16 €/kWh). Dica de especialista: O desempenho da bomba está ligado ao COP – Coeficiente de Performance. Um COP de 4 significa que a bomba consome 1 kWh e entrega 4 kWh de calor. Quanto mais alto o COP, mais eficiente é o equipamento. O que pode aumentar o consumo da bomba de calor? A instalação e as condições da casa são determinantes. Um sistema mal dimensionado ou uma casa mal isolada fazem com que o equipamento funcione com maior frequência, o que aumenta a fatura. Regiões com invernos rigorosos também exigem mais da bomba. Além disso, uma má manutenção ou configurações inadequadas prejudicam a eficiência. Sabias que uma bomba de calor mal ajustada pode gastar até 30% mais energia? Fazer uma revisão anual e manter os filtros limpos pode fazer toda a diferença. Consumo estimado por tipo de bomba de calor Tipo de bomba de calorÁrea da casaConsumo anual estimadoCusto elétrico anual (0,16 €/kWh)Ar-ar100 m²5 100 kWh816 €Ar-água150 m²7 650 kWh1 224 €Geotérmica100 m²3 500 kWh560 €Geotérmica150 m²5 250 kWh840 €Ar-água (alto consumo)220 m²7 700 kWh1 232 € Estes valores são indicativos e variam conforme a temperatura desejada, número de ocupantes e hábitos de utilização. Recomendamos a seguinte leitura: Vantagens e desvantagens das Bombas de Calor Aerotérmicas A bomba de calor vale a pena? Apesar de não ser isenta de consumo, a bomba de calor destaca-se pela eficiência e menor impacto ambiental quando comparada com sistemas a gás ou gasóleo. Com uma boa instalação, um COP elevado e uma casa bem isolada, o investimento inicial (cerca de 10 000 €) pode ser compensado a médio prazo, com poupanças significativas na fatura energética. Para mais informações sobre soluções de aquecimento eficientes, lê o nosso artigo: Como escolher uma bomba de calor para a tua casa Como combinar bomba de calor com painéis solares? Integrar uma bomba de calor com um sistema de painéis solares fotovoltaicos pode ser uma solução inteligente para reduzir (ou até eliminar) os custos com eletricidade. Ao produzir energia solar para alimentar o compressor da bomba de calor, o utilizador beneficia de um sistema de aquecimento quase autossuficiente. Esta combinação é especialmente eficaz em habitações bem isoladas e com boa exposição solar. Além disso, com a possibilidade de armazenar energia em baterias ou utilizar sistemas de autoconsumo instantâneo, é possível reduzir significativamente a dependência da rede elétrica. Sabias que, em média, um sistema solar de 3 kW pode cobrir mais de 70% do consumo elétrico anual de uma bomba de calor aerotérmica? Leitura recomendada: Bombas de calor e energia solar, a solução ideal para aquecimento Perguntas frequentes (FAQ) 1. Uma bomba de calor consome muita eletricidade?Depende do tipo de bomba, do isolamento da casa e dos hábitos de utilização. Em média, uma bomba aerotérmica consome entre 5 000 e 7 000 kWh por ano, o que pode representar uma poupança face a sistemas convencionais.2. O que é o COP e porque é tão importante?O COP (Coeficiente de Performance) indica a eficiência da bomba. Um COP de 4 significa que, por cada 1 kWh de eletricidade consumida, a bomba gera 4 kWh de calor. Quanto mais alto o COP, maior a eficiência e menor o custo com energia.3. Qual a bomba de calor que consome menos?As bombas de calor geotérmicas tendem a ter o consumo mais baixo (cerca de 35 kWh/m²/ano), mas também exigem uma instalação mais complexa. As aerotérmicas são mais comuns e acessíveis, com consumos um pouco superiores.4. A localização geográfica influencia o consumo?Sim. Em regiões com invernos rigorosos, a bomba de calor trabalha mais para manter a temperatura interior, o que pode aumentar o consumo energético.5. Que erros aumentam o consumo da bomba de calor?Instalação mal dimensionada, isolamento deficiente, falta de manutenção e configuração incorreta são os principais fatores que levam a um consumo elevado.6. Quanto custa manter uma bomba de calor?A manutenção é geralmente simples e de baixo custo. Uma revisão anual e a limpeza dos filtros garantem bom desempenho e evitam aumentos de consumo desnecessários. https://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-das-bombas-calor-aerotermicas/
- Nova turbina eólica residencial Freen-H15 para autoconsumopor Pedro Reis em 9 de Abril, 2025 a 21:18
O maior fabricante de turbinas eólicas residenciais iniciou a venda da turbina eólica Freen-H15 de 15 kW, que promete energia limpa, silenciosa e ideal para autoconsumo em casas, empresas e comunidades. Turbina eólica Freen-H15: uma solução energética acessível e eficiente para autoconsumoCaraterísticas do aerogerador residencial Freen-H15Potência e rendimento em qualquer climaBaixo ruído e impacto ambiental reduzidoMonitorização inteligente e manutenção simplesProduzida segundo os mais altos padrões europeusEspecificações técnicas principaisEnergia descentralizada para um futuro mais verdeTurbina Eólica Freen-H15 - Vídeo Turbina eólica Freen-H15: uma solução energética acessível e eficiente para autoconsumo A empresa europeia Freen OÜ, líder na produção de turbinas eólicas de pequena dimensão, acaba de lançar o modelo Freen-H15, com uma potência nominal de 15 kW. Esta nova turbina eólica residencial foi especialmente desenhada para habitações, empresas, explorações agrícolas e comunidades que procuram soluções sustentáveis e eficientes de produção de energia. Combinando alta eficiência energética, operação silenciosa e baixo custo de manutenção, a Freen-H15 está preparada para funcionar nas condições mais exigentes, sendo uma forte aliada na transição energética com a produção de energia eólica e na independência de fontes fósseis. Caraterísticas do aerogerador residencial Freen-H15 Potência e rendimento em qualquer clima A Freen-H15 apresenta um rotor de 11 metros de diâmetro e está disponível com torres de 18 ou 22 metros, oferecendo flexibilidade de instalação em diferentes tipos de terreno. Com uma velocidade de rotação de apenas 71 rpm, garante um funcionamento estável e seguro. Com um design robusto, a turbina opera em temperaturas que variam entre -25 °C e +60 °C, sendo ideal tanto para climas frios do norte da Europa como para regiões mais quentes. A sua vida útil estimada é de 20 anos, com produção anual constante graças ao seu sistema de orientação passiva ao vento e aos travões nas pontas das pás, que garantem proteção mesmo em condições meteorológicas adversas. Baixo ruído e impacto ambiental reduzido Com níveis de ruído inferiores a 45 dB a 100 metros, esta turbina é indicada para zonas residenciais ou rurais, respeitando o conforto da comunidade. Além disso, o design e baixa rotação ajudam a proteger aves e morcegos, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a convivência com a natureza. Monitorização inteligente e manutenção simples A Freen-H15 vem equipada com o controlador digital Orbital, que permite o controlo e monitorização remota da produção. A turbina foi desenhada para ser de baixa manutenção, com uma rede de técnicos locais para garantir assistência eficaz. A Freen OÜ mantém um armazém de peças de substituição na Estónia, agilizando qualquer intervenção. Produzida segundo os mais altos padrões europeus A produção da Freen-H15 segue normas europeias rigorosas. A fábrica da Freen OÜ possui certificações ISO 9001, ISO 3834-2 e CE EN 1090-2, assegurando qualidade e segurança. A turbina cumpre também com a norma IEC 61400-2:2013, específica para turbinas eólicas de pequena dimensão. Segundo a WindEurope, as turbinas de pequena dimensão são uma solução promissora para promover o autoconsumo energético e a independência das redes tradicionais. Especificações técnicas principais Turbina Eólica residencial Freen-H15 de 15 kW - Datasheet Potência nominal: 15 kW Velocidade de entrada do vento: 3,5 m/s Velocidade máxima de funcionamento: sem limite de corte Classe de vento: IEC II Área de varrimento: 95 m² Altura da turbina: 24 m Peso total: 4500 kg Temperatura de funcionamento: de -25 °C a +60 °C Nível de ruído: <45 dB a 100 metros Velocidade de rotação: 71 rpm Tipo de gerador: assíncrono com caixa de engrenagens planetária Energia descentralizada para um futuro mais verde A Freen-H15 posiciona-se como uma resposta prática aos desafios da transição energética. A possibilidade de gerar energia limpa localmente, com baixos custos operacionais e manutenção simplificada, permite que mais famílias e empresas passem a produzir a sua própria eletricidade. Este tipo de soluções facilita a descentralização energética, essencial para garantir resiliência, sustentabilidade e autonomia. Para zonas remotas ou com instabilidade na rede elétrica, a turbina eólica Freen-H15 pode representar uma fonte fiável e duradoura de energia. Com entregas previstas 12 semanas após encomenda, esta turbina promete revolucionar o acesso à energia renovável em toda a Europa. Veja aqui mais informações sobre o aerogerador Freen-H15. Turbina Eólica Freen-H15 - Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=FVWMXd6Ecto
- Energia solar bate recorde global com 2.000 TWhpor Pedro Reis em 8 de Abril, 2025 a 22:05
A energia solar ultrapassou os 2.000 terawatts-hora (TWh) em 2024, tornando-se a principal força no crescimento das energias renováveis. O número é revelado no mais recente Global Electricity Review 2025, do think tank britânico Ember. Com este avanço, a produção de eletricidade a partir de fontes de baixo carbono — incluindo solar, eólica e nuclear — ultrapassou 40% da produção elétrica mundial pela primeira vez desde a década de 1940. Energia Solar domina a nova capacidade instalada renovável pelo terceiro ano seguidoPortugal também bate recordes solaresChina lidera a nível global, EUA perdem protagonismoProcura mundial crescente exige soluções escaláveisO futuro é solar (e com baterias)Combustíveis fósseis ainda aumentam, mas perdem terreno Energia Solar domina a nova capacidade instalada renovável pelo terceiro ano seguido Em 2024, a energia solar registou um aumento de 474 TWh em produção, consolidando o seu lugar como a principal fonte de nova eletricidade no planeta, pelo terceiro ano consecutivo. A produção renovável global cresceu 49% num só ano, com 858 TWh adicionados em fontes limpas, segundo a Ember. “A energia solar tornou-se o motor principal da transição energética global. Com baterias, oferece eletricidade limpa, acessível e segura”, sublinha Phil MacDonald, diretor da Ember. Produção de eletricidade - Capacidade global instalada Portugal também bate recordes solares Em território nacional, Portugal continuou a reforçar o seu compromisso com a energia solar. Segundo dados da DGEG, o país ultrapassou os 2.200 MW de potência solar instalada em 2024, impulsionado por novos parques fotovoltaicos e maior adesão ao autoconsumo. O aumento da capacidade solar em Portugal tem contribuído significativamente para a redução das emissões no setor elétrico e para o cumprimento das metas climáticas traçadas no Plano Nacional de Energia e Clima. China lidera a nível global, EUA perdem protagonismo A China foi responsável por mais de metade do crescimento global de energia solar e eólica em 2024, assumindo a dianteira da transição energética. Já os Estados Unidos, tradicionalmente vistos como protagonistas, perderam espaço. Segundo a Ember, a crescente instabilidade geopolítica tem levado países da Europa e América Latina a acelerar o investimento em renováveis, como forma de reduzir a dependência do carvão e do gás importado. A Agência Internacional de Energia (IEA) já havia alertado que a energia solar é, atualmente, a fonte mais barata de nova eletricidade em grande parte do mundo. Procura mundial crescente exige soluções escaláveis A procura global por eletricidade está a aumentar de forma acelerada, impulsionada por: Centros de dados e inteligência artificial Veículos elétricos Sistemas de aquecimento e arrefecimento Mineração digital (ex: criptomoedas) Neste cenário, a energia solar combinada com armazenamento em baterias oferece uma solução escalável, fiável e de custo competitivo. O futuro é solar (e com baterias) Energia Solar com armazenamento a baterias Com o aumento do consumo de eletricidade por causa dos carros elétricos, aquecimento e centros de dados, a solar — reforçada por baterias — surge como a solução mais eficaz: barata, rápida de instalar e sustentável. Mesmo com ondas de calor que levaram a um ligeiro aumento do uso de carvão em 2024, a tendência continua clara: mais renováveis, menos fósseis. Combustíveis fósseis ainda aumentam, mas perdem terreno Apesar do crescimento das renováveis, a geração com combustíveis fósseis subiu 1,4% em 2024. A principal razão foi o aumento da procura por ar condicionado devido a temperaturas extremas. Contudo, sem este fator climático, a produção fóssil teria caído ligeiramente, segundo a Ember — sinal de que o declínio dos combustíveis fósseis está em curso, ainda que com oscilações sazonais. Saiba mais no relatório completo em formato PDF no site da Ember's.